UMA
COISA É CERTA. BOLSONARO ESTA POR UM FIO E QUEM SEGURA, PARA NÃO ARREBENTAR SÃO
OS GENERAIS QUE ESTÃO MINISTROS NESSE GOVERNO. AI SE NÃO FOSSEM ELES.
O CARA APRONTA E AFRONTA MUITO. COMETE
MUITOS ERROS. DÁ MOTIVOS PARA O IMPITMAM E, POR QUE NINGUÉM FAZ NADA?
É COMPLICADO, NO MUNDO DA POLÍTICA.
INTERESSES E INTERESSES SÃO POSTOS NA MESA E NEGOCIADOS.
DE CERTO, TEMOS QUE O BOLSONARO FAZ
BESTEIRAS E ISSO O COLOCA EM POSIÇÃO PARA RECEBER UM CHEQUE MATE. O QUE O SALVA
SÃO VARIADAS SITUAÇÕES DE POLÍTICA E O STAFF QUE O CERCA COM INTERESSES
PESSOAIS.
A SITUAÇÃO POLÍTICA É A ATUAL DA PANDEMIA
QUE OBRIGOU A FAZER A MÁGICA E APARECER VALORES QUE DIZIA NÃO EXISTIR. APARECEU
DO NADA E AGORA TEM QUE JUSTIFICAR DE ONDE TIROU.
DO STAFF QUE O CERCA, SÃO OS MINISTROS
CIVIS E MILITARES CADA UM COM SEUS INTERESSES PESSOAIS E POLÍTICOS.
A NEGOCIAÇÃO FICA POR CONTA DO
EXECUTIVO, O CONGRESSO E JUDICIÁRIO.
QUEM FALA PELO JUDICIÁRIO, É O QUE
PRESIDIR O STF. PELO CONGRESSO, OS DOIS PRESIDENTES DE CADA CASA. PELO
EXECUTIVO, FALAM OS MILITARES QUE ESTÃO MINISTROS, COMO POR EXEMPLO O GENERAL
BRAGA NETO A FRENTE DA CASA CIVIL, UMA ESPÉCIE DE CONTROLADOR DO EXECUTIVO
FEDERAL.
ABAIXO, UM ARTIGO EXTRAÍDO DO BLOG
BRASIL 247 E PUBLICADO ANTERIORMENTE NO CONGRESSO EM FOCO.
TRATA-SE DO MESMO ASSUNTO DESCRITO
ACIMA. LEIAM E ANALISEM.
Bolsonaro
prefere impeachment agora para estar imune depois
22 de abril de 2020, 14:45 , por Hélio
Doyle
Publicado originalmente no Congresso
em Foco
1 - Um dilema ronda os meios políticos no
Brasil — o dilema do impeachment do presidente Jair Messias Bolsonaro. Embora
os motivos para afastar Bolsonaro do governo sejam muito mais numerosos e
consistentes do que os alegados para destituir Fernando Collor de Mello e Dilma
Rousseff, abrir agora um processo de impedimento no Congresso é muito mais
complicado, politicamente, do que parece — entre outros motivos, porque é isso
que Bolsonaro quer, ou, pelo menos, prefere.
2 - Paradoxalmente, se o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, aceitar um dos pedidos de impeachment já protocolados,
Bolsonaro não se incomodará, pois sabe que as circunstâncias atuais o favorecem
e ele poderá até sair mais forte.
3 - O que o presidente da República teme é
que o processo seja aberto depois da pandemia, quando poderá estar sendo
responsabilizado pelas mortes e enfrentará uma forte recessão econômica.
4 - Bolsonaro
polariza e radicaliza, mobiliza seus fanáticos seguidores e acumula forças para
assegurar que seu governo chegue às eleições de 2022.
5 - Tudo que
fala e faz é em função de sua reeleição e do projeto político que ele e seus
filhos, inspirados pelo astrólogo Olavo de Carvalho, executam.
6 - Um projeto
que visa enfraquecer os poderes Legislativo e Judiciário e as instituições
democráticas e, como consequência, aumentar os poderes presidenciais.
Inimigo principal
7 - O objetivo de Bolsonaro é criar
condições objetivas e subjetivas para dar um autogolpe e reconstruir o país de
acordo com suas convicções autoritárias e conservadoras.
8 - As eleições de 2022 são o limite para a
execução desse plano. Até chegar a pandemia, Bolsonaro esperava vencê-las por
larga margem e eleger uma bancada majoritária no Congresso.
9 - Tendo já nomeado pelo menos
dois ministros para o Supremo Tribunal Federal e estando protegido pelo
procurador-geral da República, trabalharia para aumentar seus poderes,
respaldado pelos seguidores nas redes e nas ruas e pelos militares.
Conseguiria, assim, mudar o que quisesse na Constituição.
10 - De acordo com o projeto, se perder as
eleições Bolsonaro alegará que houve fraude, mobilizará sua base social e irá
para as ruas enfrentar os opositores, que serão duramente reprimidos pelos policiais
militares, por ele conquistados, e pelos milicianos armados, por ele
incentivados.
11 - E, em meio ao caos político e social,
receberá o apoio das forças armadas. De um jeito ou outro, ganhará, segundo o
plano.
12 - A pandemia atrapalhou o projeto de Bolsonaro,
que, embora pudesse aproveitar o momento para suspender a luta política em nome
do combate ao vírus e se firmar como líder, preferiu manter sua linha de
polarização e confronto.
13 - Consensos e unidade política não convêm
a seu projeto político. E ele sabe que, mesmo aceitando a carona da rã, iria
picá-la na travessia, pois essa é a sua natureza.
14 - A linha de atuação de Bolsonaro diante
da pandemia e incentivando e participando de manifestações contra a democracia
e em defesa da ditadura já possibilitou a seus adversários reunir muitos
motivos para afastá-lo constitucionalmente da presidência. Um processo de
impeachment é mais do que justificado e necessário, para defender a saúde da
população e interromper o projeto golpista e autoritário.
15 - O próprio Bolsonaro destruiu a
argumentação dos que dizem que neste momento o inimigo principal é o
coronavírus e a política deve ser deixada de lado.
16 - Ao se colocar como defensor da
propagação do vírus, opondo-se ferrenhamente ao distanciamento social e
incentivando aglomerações, Bolsonaro passou naturalmente à condição de inimigo
principal, pois ele impede o combate ao coronavírus.
17 - Para combater corretamente a
pandemia, é preciso afastar Bolsonaro do comando.
Dificuldades e cautela
18 - Só que não é simples tirar Bolsonaro da
presidência. Um processo de impeachment agora se desenrolaria em condições
bastante adversas:
19 - Rodrigo Maia e os favoráveis ao pedido
seriam acusados de tirar o foco no combate ao vírus e priorizar a luta
política.
20 - A Câmara está se reunindo em sessões
virtuais, sem a presença física dos deputados e sem público, o que dificulta e
prejudica o debate.
21 - Os defensores do impeachment não podem
ir às ruas para se manifestar.
22 - Não há nenhuma garantia de que haja
maioria para aprovar o pedido sequer na comissão da Câmara que terá, em 10
dias, de dar parecer sobre o pedido.
23 - Já para Bolsonaro, as condições são
favoráveis:
24 - - Sua base social, que vai de grandes
empresários a pessoas muito pobres, irá se radicalizar ainda mais, mobilizar-se
e ir para as ruas, com manifestações e cercos ao Congresso e ações violentas,
como as prometidas por segmentos de caminhoneiros e milicianos.
25 - Ele pode, em troca de cargos e benesses,
ganhar o apoio de parlamentares de partidos à direita e sair vitorioso na
Câmara. Isso, aliás, Bolsonaro já vem fazendo com líderes do chamado “centrão”,
com os quais tem negociado nos termos da que ele mesmo chama de “velha
política”.
26 - Bolsonaro pensa também que um cenário de
caos social e político, em meio à pandemia e à recessão, poderá levar as forças
armadas a fortalecê-lo e desestimular os deputados a afastá-lo.
27 - Há, ainda, dificuldades que remetem à
aliança de Bolsonaro com setores empresariais e políticos liberais e
ultraliberais, com o objetivo de executar a política econômica desejada por
esses segmentos e aprovar as reformas e as privatizações que consideram atender
a seus interesses.
28 - O próprio Rodrigo Maia tem sido um
instrumento dessa aliança política com foco na economia e nos projetos
ultraliberais.
29 - Grande parcela desses empresários
considera que Bolsonaro e Paulo Guedes não têm mais condições de cumprir a
agenda proposta. Querem, porém, não só garantias de que serão sucedidos por
quem possa executá-la em melhores condições políticas, mas, também, que não
haverá o risco de o PT e a esquerda vencerem as eleições de 2022.
30 - O raciocínio é simples: não derrubaram o
PT para tê-lo de volta ao governo. Tirar Bolsonaro poderia fortalecê-lo.
31 - Outra questão pragmática é, justamente,
2022. Políticos e partidos ao centro e à direita, que pensam ter condições de
eleger o presidente nas próximas eleições, acham que pode ser melhor enfrentar
Bolsonaro do que possibilitar a abertura de cenários desconhecidos.
32 - Pensam que o general Hamilton Mourão
poderá fazer uma boa gestão e ser candidato à reeleição, ou que um governo
enfrentando mal a recessão poderá abrir caminho para a volta do PT ou de um
político de esquerda.
33 - Em ambas as situações, perderão a
oportunidade que desperdiçaram em 2018.
Melhor agora
34 - Por tudo isso, é difícil viabilizar
agora o impeachment de Bolsonaro, apesar do forte sentimento, de muitos
segmentos políticos, empresariais e da população, de que é nociva para o país
sua permanência no governo.
35 - As chances de Bolsonaro ganhar são boas
e ele sabe. O que o preocupa é o processo ser deflagrado depois da pandemia,
quando será grande a possibilidade de estar ainda mais desgastado e isolado
politicamente, em decorrência dos efeitos do vírus e das consequências da
recessão econômica.
36 - E em 23 dias, o presidente terá de
apresentar à Câmara os testes que fez para verificar se havia sido infectado
pelo coronavírus.
37 - Embora Bolsonaro não tenha apresentado
os sintomas mais graves da doença, tudo indica que esses testes foram
positivos, pois praticamente todos os que foram a Miami se infectaram e ele sempre
se negou a divulgá-los.
38 - Mas, se for assim, ele terá mentido e
saído do isolamento, com possibilidade de ter infectado várias pessoas. Se não
mostrar os resultados estará incorrendo em crime de responsabilidade.
Falsificar laudos, o que não é difícil para quem está no poder, é sempre um
grande risco para todos os envolvidos.
39 - Para evitar o impeachment depois da
pandemia é que Bolsonaro procura se esquivar das responsabilidades pelas mortes
e pela inevitável recessão, por um lado, e acirra a briga com Rodrigo Maia e
com as instituições, por outro, visando polarizar, mobilizar e radicalizar seus
apoiadores.
40 - Ele acusa Maia que querer dar um golpe
contra ele para acirrar os ânimos de seus seguidores e definir um novo inimigo,
já que Henrique Mandetta saiu de cena. Desafia os poderes Legislativo e
Judiciário, no já conhecido método de atacar e recuar, mas sempre avançando,
para provocá-los a agir — e assim também mobilizar sua militância fanatizada.
41 - Bolsonaro prefere o impeachment agora,
porque acha que sobreviverá a ele, aumentará sua base radicalizada e estará
imunizado contra novas tentativas em momento mais desfavorável. Chegará, então,
às eleições de 2022 e aí começará um novo capítulo.
COMO PODEM VER, BOLSONARO JOGA CONFORME OS VENTOS SOPRAM, POIS PARA ELE,
TANTO FAZ COMO TANTO FARÁ ELE ESTAR (NO MOMENTO) OU NÃO PRESIDENTE O QUE IMPORTA
É A ELEIÇÃO DE 2022.
SE, TIRAREM ELE AGORA, ELE SAI MEIO POR CIMA E PODE VOLTAR EM 22
ALEGANDO TER SOFRIDO INJUSTIÇA.
O QUE NÃO É BOM PARA ELE, É SAIR DEPOIS DA PANDEMIA PASSAR, POIS O
MOMENTO É CRÍTICO DEMAIS PARA SOBRAR BONS FRUTOS.
TINHA IDEIAS REVOLUCIONÁRIAS DE SE PERPETUAR NO PODER E PARA ISSO TERIA
QUE AGIR COMO HUGO CHAVES E PREPARAR O TERRENO MANTENDO ESTRATEGICAMENTE
ALIADOS EM POSIÇÕES CHAVES.
COLOCANDO DOIS NO STF E DEPOIS A PROMESSA DO MORO, TAMBÉM, LÁ. UM “PGR”
A SEU DISPOR E, MANOBRANDO O CONGRESSO COM O TOMA LÁ DA CÁ, VAI LEVANDO E
EMPURRANDO COM A BARRIGA ATÉ QUANDO DER E SE FOR POSSÍVEL, FAZENDO AS MUDANÇAS
NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
DEPOIS ALEGA TER SOFRIDO MOTIVOS COMO PERSEGUIÇÃO, PANDEMIA E INJUSTIÇAS
PARA SE REELEGER E FRAUDES NA ELEIÇÃO.
MAS A SEU FAVOR TEM, AINDA OUTRAS COISAS COMO O FATO DE NÃO HAVER
DISPONIBILIDADE DE VERBAS PARA FAZER UMA NOVA ELEIÇÃO ANTES DE 2021, E O FATO
DE QUE OS GENERAIS TEREM INTERESSE DE AGUARDAR O “DEPOIS DISSO” PARA QUE O
GENERAL MOURÃO TERMINE CONTORNANDO BEM A CRISE DESSE GOVERNO E POSSA SE
CANDIDATAR EM 2022.
O FATO É QUE OS GENERAIS DO PALÁCIO, VÃO SEGURAR O BOLSONARO LÁ ATÉ
PASSAR DE DOIS ANOS DE GOVERNO. DEPOIS, UM ACORDINHO AQUI, OUTRO ALI E ACONTECE
A SAÍDA DO CARA DE ALGUMA FORMA.
AI VEM O MOURÃO, GOVERNA A CRISE E EM 2022 PODE VIR OU NÃO CANDIDATO A PRESIDÊNCIA.
O BOZO, SAI E CONFORME OS ACORDOS, TAMBÉM PODERÁ VOLTAR AO PODER EM 2022
COMO FOI FEITO COM A DILMA.
SÓ QUE ATÉ LÁ, OS BOLSOMINIONS JÁ TERÃO CAÍDO DA CAMA, BATIDO COM A
CABEÇA, ACORDADO, ABERTO O OLHO E PERCEBIDO QUE PRA ELE, NÃO DÁ MAIS.
AI VÃO APOSTAR EM OUTRO COM O DISCURSO QUE NÃO SEJA O “PT” OU O “LULA”.
MUITA ÁGUA AINDA VAI ROLAR NESSE RIO E EM TEMPO DE CHEIA.
AGUARDEMOS.
POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO DE ALERTA PARA O QUE VEM PELO FUTURO DA NAÇÃO E AS JOGADAS DA POLÍTICAS QUE AGEM CONTRA O POVO SOFRIDO DESSE BRASIL.
FALE COM O SINDICATO DO POVO. ENVIE SEU COMENTÁRIO, UM ARTIGO OU QUE VOCÊ
DESEJAR VER PUBLICADO. UMA SUGESTÃO, UM ELOGIO OU MESMO UMA CRÍTICA QUE ACHE
IMPORTANTE. CLICK NO LINK A SEGUIR, sindicatodopovo@ymail.com
E NO FINAL, DEIXE SEU NOME (SE QUISER), APELIDO OU PSEUDÔNIMO PARA QUE EU POSSA
RESPONDER.
.
.
.
- - -