sábado, 19 de outubro de 2013

2013-19100581 – O PROGRESSO PROPORCIONADO PELO BOLSA FAMÍLIA.



O EXEMPLO DE QUE O BOLSA FAMÍLIA NÃO FORMA PARASITAS, A NÃO SER OS POLÍTICOS INESCRUPULOSOS E OS QUE SÓ VIVEM PARA CRITICAR, MOSTRAMOS A SEGUIR UM ARTIGO EM QUE UMA BENEFICIÁ RIA APROVEITOU A CHANCE E DEU A ARRANCADA PARA MELHORAR SUA VIDA.

AO CONTRARIO DO QUE DECLARA CERTOS POLÍTICOS, AFIRMANDO QUE LULA ESTARIA CRIANDO UM EXERCITO DE PARASITAS, TEMOS ALGUMAS PESSOAS QUE USARAM O BENEFÍCIO PARA AJUDAR NO ORÇAMENTO FAMILIAR E CRIAR OPORTUNIDADES DE SE DESENVOLVER NA SOBREVIVÊNCIA.

VEJAM O ARTIGO EXTRAÍDO DO IG NOTICIAS QUE MOSTRA A OPORTUNIDADE DE DONA CLEIDINHA.

Ex-beneficiária do Bolsa Família vira comerciante: “Minha vida é uma glória".
Por Ricardo Galhardo - enviado a Itinga (MG) | 15/10/2013 14:01 - Atualizada às 18/10/2013 15:31 - http://ultimosegundo.ig.com.br/bolsa-familia/2013-10-15/ex-beneficiaria-do-bolsa-familia-vira-empresaria-minha-vida-e-uma-gloria.html

Dona de bar em Itinga, cidade mineira, é apontada com exemplo de ex-beneficiária que conseguiu encontrar uma porta de saída para o programa federal.

Encostada atrás do balcão do bar de parede verde-limão no bairro Taquaral, cerca de 10 km do centro de Itinga, Cleide de Jesus Silva, a Cleidinha, 25 anos, aponta para rosquinhas e biscoitos – e não esconde o orgulho. "Eu fiz, está quentinho", disse ela.

Moradora da zona rural, Cleidinha estudou até a quinta série, saiu da casa dos pais aos 13 anos, foi morar na cidade onde conheceu o marido e pouco tempo depois estava grávida. Trabalhou de empregada, passou necessidade até o dia em que o correio entregou em casa o cartão do Bolsa Família. "Fiquei apavorada. Nunca tinha recebido correspondência", lembra ela.

O benefício serviu de alicerce. Apesar de receber o dinheiro do governo, nunca parou de trabalhar. Vendeu verduras na rua e roupas, até juntar R$ 200. Foi seu capital inicial. Em vez de gastar o dinheiro, investiu tudo em doces, alugou um balcão por R$ 45 e montou uma banca na frente da casa do sogro. Três anos depois, a banca virou um bar com mesa de sinuca, produtos industrializados e os quitutes que ela mesma prepara.

Cleidinha é apontada pelos funcionários da Prefeitura de Itinga como exemplo de ex-beneficiária do Bolsa Família que conseguiu encontrar a porta de saída. "Minha vida é uma glória", resume ela.

MELHOR DO QUE OS POLÍTICOS QUE SE APROVEITAM DA SUA POSIÇÃO DE ELEITOS, E QUE DEVERIAM DEIXAR DE RECEBER O BENEFÍCIO, DONA CLEIDINHA USOU A OPORTUNIDADE PARA GALGAR UM DEGRAU NA VIDA E TORNAR-SE UMA CIDADÃ DE VERDADE (COISA QUE OS POLÍTICOS NÃO SÃO).

OS GOVERNOS TÊEM, POR OBRIGAÇÃO DE ALÉM DE DAR O PEIXE, ENSINAR A PESCAR E QUANDO ISSO ACONTECER, AI RETIRAR O BENEFÍCIO REPASSANDO PARA OUTRA PESSOA MAIS NECESSITADA. FOI O QUE ACONTECEU COMA DONA CLEIDINHA.

EM NOSSO PRÓXIMO ARTIGO (2013-21100585 -) FALAREMOS SOBRE A FISCALIZAÇÃO E OS ERROS ENCONTRADOS PELO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO PELO DIREITO DO POVO.
FALE COM O SINDICATO DO POVO.ENVIE SEU COMENTÁRIO, OU ARTIGO PARA SER PUBLICADO OU UMA SUGESTÃO QUE VOCÊ ACHE IMPORTANTE. CLICK AQUI OU ESCREVA DIRETAMENTE PARA sindicatodopovo@ymail.com MAS, IDENTIFIQUE-SE NO FINAL DO ARTIGO, MESMO QUE USANDO APELIDO, NIC OU PSEUDÔNIMO.
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

2013-18100580 – UM POUCO DE HISTÓRIA DO BRASIL, MAS A VERDADEIRA. – PARTE III.



CONTINUANDO A SEQUÊNCIA, DESSA VEZ APRESENTO UM DOS LINKS PROMETIDOS.

O BLOG “CONVERSA AFIADA” DE PAULO HENRIQUE AMORIM, NOS FORNECE ESSE RICO MATERIAL SOBRE A MORTE DE JANGO.

VEJA A SEGUIR.

Publicado em 19/03/2013
Jango foi assassinado no Governo Geisel - Médici matou, Geisel enterrou os ossos.

Saiu na Folha (*):

Ministra crê que Jango tenha sido morto

DE PORTO ALEGRE

A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) disse ontem ser muito clara a possibilidade de que o presidente João Goulart (1961-1964) tenha sido assassinado em seu exílio na Argentina, em 1976.

Rosário fez a declaração em audiência da Comissão Nacional da Verdade em Porto Alegre e defendeu que o caso seja apurado “a fundo”.

Oficialmente, Goulart, deposto no golpe de 1964, morreu de ataque cardíaco. A família diz acreditar que ele tenha sido envenenado.

“Há indícios que não podem ser desconhecidos da responsabilidade da Operação Condor [aliança entre ditaduras da América do Sul] com aquilo que não podemos fechar os olhos, que é a possibilidade muito clara de que o presidente João Goulart tenha sido assassinado”, disse.

Na mesma linha, a advogada criminalista Rosa Cardoso, da Comissão da Verdade, e que defendeu a prisioneira Dilma Rousseff, considera que há indícios fortes de assassinato:

Advogada aponta indícios de assassinato de Jango pela ditadura

Integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a advogada criminalista Rosa Cardoso disse hoje que os “indícios concludentes” de que o ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe de 1964, foi vigiado no exílio pela “Operação Condor” (uma aliança entre as ditaduras do Cone Sul nos anos 1970 para perseguir os opositores dos regimes militares da região), sugerem também que ele pode ter sido assassinado por ordem da ditadura brasileira. Rosa participou hoje de audiência pública realizada em Porto Alegre.
 (…)


No espaço de nove meses entre 1976 e 1977 do Governo Geisel morreram, na ordem e em circunstâncias estranhas, Juscelino, Jango e Lacerda, que articulavam uma Frente Ampla para substituir os militares no poder desde 1964.

Dezoito – DEZOITO ! – pessoas ligadas a Jango e à morte dele morreram do mesmo “ataque cardíaco”.
Como se sabe, foi o Brasil que inaugurou a Operação Condor, com o sequestro do Coronel Jefferson Cardim, no Governo Geisel, como demonstrou reportagem de Wagner William, em Os Brasileiros.
Da mesma forma, o livro “Vala clandestina de Perus – desaparecidos políticos, um capítulo não encerrado da história brasileira”, do Instituto Macuco, do Projeto Memória, do Ministério da Justiça, deixa claro que houve uma divisão de tarefas no regime militar:
– Médici matou;
– Geisel enterrou os ossos.
Sem cadáver não há crime.
Porém, quando os cinemas brasileiros puderem exibir o impecável documentário “Dossiê Jango”, de Paulo Henrique Fontenelle, com a ajuda de Roberto Farias e Paulo Mendonça, no argumento e no roteiro (excelentes !), ficará claro que o Governo Geisel teria mandado matar também.
Teria mandado o delegado Fleury executar Jango na Argentina, com a ajuda da Operação Condor (e, portanto, dos “químicos” dos Estados Unidos).
Segundo o depoimento de um uruguaio – que deu informações plenamente confirmadas –, Jango foi envenenado com um “remédio” para o coração preparado pela CIA.
Dramático nessa história é que o Ministério Público da Argentina deverá exumar o corpo, investigar e esclarecer de que morreu Jango antes que o Governo brasileiro faça qualquer coisa !!!
Tão vergonhoso quanto isso é o Historialismo brasileiro – não é História nem Jornalismo – disseminar a crença de que Geisel e Golbery são o Washington e o Thomas Jefferson, Pais Fundadores da Democracia no Brasil.
 
Geisel e Golbery fizeram a “revolução” para evitar o Golpe (que nunca houve) do Jango e instalaram a democracia quando bem entenderam.
Como se sabe, segundo um desses notáveis historialistas, Jango merecia cair porque gostava de pernas – de cavalos e de coristas …
Viva o Brasil !
 
Paulo Henrique Amorim
 
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.




O PRÓXIMO ARTIGO SERÁ PUBLICADO COM O CÓDIGO – 2013-20100582 – PARTE IV – E CONTERÁ MAIS UM D'ÁQUELES LINKS DA PRIMEIRA POSTAGEM DA SÉRIE.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO PELO DIREITO DE CONHECER A HISTÓRIA NUA E CRUA DE QUEM GOVERNA ESSE PAÍS.
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2013-18100579 – BOLSA FAMÍLIA NÃO ENRIQUECE NINGUEM, MAS AJUDA A MELHORAR DE VIDA.



A MISTURA DE GÁS COM ESCOLA EXPLODIU E DEU NO BOLSA FAMÍLIA. JUNTAM-SE AS BOLSAS DO FHC COM A OBRIGAÇÃO DE MANTER FILHOS NA ESCOLA, SOB O CONTROLE DA FREQUENCIA RÍGIDA, E SURGE O “BOLSA FAMÍLIA”, UM PROGRAMA DE AJUDA NO COMBATE A MISÉRIA, A FOME E AO ANALFABETISMO.

FHC FOI UM PRESIDENTE QUE ENTREGOU AS RIQUEZAS DO BRASIL AO CAPITAL ESTRANGEIRO, MAS, TEVE ALGUMA COISA DE BOM. DO CONTROLE INFLACIONÁRIO – URV – ATÉ A CRIAÇÃO DO BOLSA ESCOLA, O POVO SE BENEFICIOU COM ALGUNS PROGRAMAS.

ERAM TANTOS PROGRAMAS QUE O GOVERNO SEGUINTE – LUIZ INÁCIO LULA – RESOLVEU SIMPLIFICAR A COISA E JUNTOU TUDO EM UM SÓ RESULTANDO O BOLSA FAMÍLIA.

ESSE PROGRAMA ATENDE ÁS FAMÍLIAS QUE PARTICIPAVAM DE TODOS OS OUTROS PROGRAMAS. HAVIAM PESSOAS QUE PARTICIPAVA SOMENTE DO “VALE GÁS”. OUTRAS SÓ DO “BOLSA ESCOLA”. E OUTRAS TANTAS DE OUTROS TANTROS PROGRAMAS QUE JUNTOS RETIROU MUITA GENTE DA MISÉRIA DANDO UMA PEQUENA AJUDA FINANCEIRA.

EM MINHA OPINIÃO, É MELHOR DISTRIBUIR A GRANA DO GOVERNO, QUE VEM DO POVO PARA O PROPRIO POVO DO QUE PAGAR SALARIOS ASTRONOMICOS A POLÍTICOS QUE NÃO TRABALHAM. E ASSIM ACONTECE.

VEJAM ABAIXO, UM ARTIGO QUE, EM CONTINUAÇÃO, AOS ARTIGOS DA SÉRIE (2013-16100575 E 2013-17100577), VEM NOS MOSTRAR ONDE NASCEU O BOLSA FAMILIA LANÇADO PELO PRESIDENTE LULA.

Berço do Bolsa Família, cidade de Itinga ainda caminha para espantar a miséria.
Por Ricardo Galhardo - enviado a Itinga (MG) | 15/10/2013 13:36 - Atualizada às 15/10/2013 15:27 - http://ultimosegundo.ig.com.br/bolsa-familia/2013-10-15/berco-do-bolsa-familia-ainda-caminha-para-espantar-a-miseria.html

iG visitou Itinga, cidade utilizada por Lula como plataforma de lançamento do Fome Zero - que seria rebatizado como Bolsa Família. Após dez anos do programa, a cidade dá sinais claros de prosperidade, mas há muito a evoluir.

Em janeiro de 2003, dez dias depois de tomar posse, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado por 29 ministros e pelo então governador Aécio Neves (PSDB), desembarcou em Itinga, cidade de 14 mil habitantes no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, depois de passar por Pernambuco e Piauí. Os objetivos da chamada Caravana da Miséria eram dar um "banho de realidade" nos ministros e anunciar o programa Fome Zero, que meses depois, após ajustes, seria rebatizado como Bolsa Família.

Na ocasião, Lula prometeu "o maior esforço já feito por um governo" para garantir cidadania aos moradores da região. Passados dez anos muita coisa melhorou em Itinga, em boa parte graças às ações do governo federal. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) subiu de 0,440 (muito baixo) em 2003 para 0,600 (médio) em 2010. A renda líquida per capta aumentou de R$ 660 para R$ 1.010 (65%). O PIB cresceu 179% em oito anos.

As casas estão mais bem cuidadas, com pintura e telhados novos, inclusive nos bairros mais pobres, e podem ser vistas muitas obras em andamento na cidade. O número de estabelecimentos comerciais aumentou, assim como a variedade e qualidade dos itens nas prateleiras. A frota de veículos quadruplicou graças à ponte Presidente Lula, inaugurada pelo próprio em 2004, que serviu para unir a cidade antes dividida ao meio pelo rio Jequitinhonha.

Após a passagem de Lula, Itinga ganhou notoriedade nacional e foi alvo das ações positivas de diversos grupos e entidades que aderiram imediatamente à proposta de erradicação da fome lançada pelo ex-presidente. A Vale do Rio Doce bancou a construção da ponte que, por sua vez, viabilizou a chegada de quatro empresas para extração de granito. A prefeitura de Diadema (SP) adotou Itinga enviando máquinas e treinando gestores. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o hospital Albert Einstein firmaram convênios na área de saúde. No rastro do Bolsa Família chegaram outros programas federais como Pronatec, PETI, Travessia e Projovem.

"Sem dúvida, o Bolsa Família ajudou a aquecer a economia da cidade, aumentou o comércio e indiretamente ajudou a criar empregos", diz o secretário municipal de governo, Marcos Elias.

UMA DÉCADA DEPOIS

Itinga conta hoje com 2.072 famílias, cerca de seis mil pessoas, beneficiadas com R$ 104,80, em média, do Bolsa Família. O número, 43% dos 14 mil moradores da cidade, representa metade das 4.150 famílias cadastradas. Ou seja, mais de 80% dos moradores de Itinga solicitaram o benefício.

"O efeito principal do programa foi dar autonomia às famílias. O pessoal já não precisa sair de Itinga para trabalhar no corte de cana, que era a maior fonte de renda da população. Já não se vê criança nas ruas porque o estudo é uma condicionante", diz Débora Ramalho, uma das gestoras do Bolsa Família em Itinga. "Mas tem muita gente que ficou totalmente dependente do benefício. Algumas famílias não desenvolvem nenhuma outra atividade e se acomodaram", avalia. “Muita gente tem medo de arrumar emprego, perder o Bolsa Família e depois ser demitido", diz Greise Pinheiro Murta, também gestora.

Mais que a “acomodação” ou o “medo de arrumar emprego”, há questões palpáveis que impedem Itinga de caminhar mais rapidamente na direção da prosperidade. A parceria com a Conib, por exemplo, expirou. O convênio com Diadema foi cancelado. E o principal: a falta de vagas no mercado de trabalho. "As mineradoras que chegaram para explorar granito trazem toda a mão-de-obra especializada de fora. Aqui na cidade só pegam gente para o braçal", diz Marcos Elias.

Meu marido é pedreiro, mas não encontra serviço aqui e precisa fazer bicos na rua. Trabalha um dia sim, outro não", diz Alessandra Cardoso Oliveira, 32 anos, dois filhos, que recebe R$ 102 por mês do Bolsa Família.

Em 2003, a mãe dela, dona Rosalina, recebeu Lula e seus ministros na casa simples da família no bairro Mutirão. O ex-presidente, encharcado de suor e lágrimas, se deixou fotografar na janela da casa e prometeu mudanças. “Aquela visita deu esperança, Gilberto Gil (então ministro da Cultura) chegou a usar o banheiro da casa da minha sogra. Mas não mudou nada", afirma Alessandra.

Para fugir do desemprego, muitos homens de Itinga deixam a cidade para trabalhar na construção civil em grandes cidades como Belo Horizonte. “Meu marido trabalha de peão em Belo Horizonte. Ele não vê os filhos há sete meses", relata Sarajane Pessoa, 24 anos, que recebe R$ 272 por mês do governo federal.

Há ainda problemas pontuais da gestão municipal que geram respingos no governo federal. Para Mário Gusmão, assessor especial do prefeito de Itinga, ex-líder do PT local e cicerone de Lula em suas passagens pela cidade, "o governo (federal) tinha é que educar o povo a usar o benefício porque quem mais tem lucrado são comerciantes.” “Conheço gente que recebe o benefício, mas ainda vive na miséria. Eles não sabem que é possível comprar R$ 5 ou R$ 10 de cada vez e nem quanto tem na conta. Muitas vezes o cartão fica na mão de comerciantes", acusa.

O iG ouviu três beneficiários que confirmaram ter deixado seus cartões com donos de supermercados como garantia para compras a prazo. Nenhum deles soube dizer se os comerciantes fizeram saques indevidos.

PANELA NO FOGO

A rotina de Itinga mostra que, para a maior parte dos beneficiados, o dinheiro do Bolsa Família representa uma boa ajuda no orçamento. "Recebo R$ 140. Com isso não dá para botar comida na mesa. Tem que trabalhar", diz a artesã Evangelina Martins de Souza, 55 anos.

Ela vive com os quatro filhos em Pasmadinho, vilarejo simples a 15km do centro de Itinga. Vende panelas feitas à mão por preços entre R$ 1 e R$ 5 e nunca teve renda fixa antes do Bolsa Família. "Não dá para melhorar de vida, mas garante a feira. Agradeço a Deus por este dinheiro. Antes disso tinha gente aqui que não botava a panela no fogo."

Apesar da prosperidade visível, Itinga ainda luta para afastar o estigma de capital da miséria. Em 2010, a cidade ganhou o incômodo título de pior cidade de Minas Gerais para se viver em um levantamento feito pela Fundação João Pinheiro, do governo estadual.

"Quem diz que é o pior lugar de Minas para viver deveria morar aqui um tempo. Itinga tem dificuldades? Tem. Mas já rodei esse Brasil como caminhoneiro e é a melhor cidade para se viver. Durmo com a porta aberta. No domingo acordo com um monte de gente dentro de casa. Entram e deixam o café pronto. Uma cunhada que vive em Belo Horizonte diz que somos privilegiados", diz Mário Gusmão. Um bom resumo de um local que tem muito a evoluir, mas parece ter deixado para lá da ponte um passado calcado, quase todo, na aridez.

O PRÓXIMO ARTIGO DA SÉRIE (2013-19100581 -) MOSTRARÁ A EXBENEFICIÁRIA DO BOLSA FAMÍLIA QUE ENCONTROU A “PORTA DE SAÍDA” E TORNOU-SE COMERCIANTE.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO PELO DIREITO DO POVO.
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