A
MISTURA DE GÁS COM ESCOLA EXPLODIU E DEU NO BOLSA FAMÍLIA. JUNTAM-SE AS BOLSAS
DO FHC COM A OBRIGAÇÃO DE MANTER FILHOS NA ESCOLA, SOB O CONTROLE DA FREQUENCIA
RÍGIDA, E SURGE O “BOLSA FAMÍLIA”, UM PROGRAMA DE AJUDA NO COMBATE A MISÉRIA, A
FOME E AO ANALFABETISMO.
FHC FOI UM
PRESIDENTE QUE ENTREGOU AS RIQUEZAS DO BRASIL AO CAPITAL ESTRANGEIRO, MAS, TEVE
ALGUMA COISA DE BOM. DO CONTROLE INFLACIONÁRIO – URV – ATÉ A CRIAÇÃO DO BOLSA
ESCOLA, O POVO SE BENEFICIOU COM ALGUNS PROGRAMAS.
ERAM TANTOS
PROGRAMAS QUE O GOVERNO SEGUINTE – LUIZ INÁCIO LULA – RESOLVEU SIMPLIFICAR A
COISA E JUNTOU TUDO EM UM SÓ RESULTANDO O BOLSA FAMÍLIA.
ESSE PROGRAMA
ATENDE ÁS FAMÍLIAS QUE PARTICIPAVAM DE TODOS OS OUTROS PROGRAMAS. HAVIAM
PESSOAS QUE PARTICIPAVA SOMENTE DO “VALE GÁS”. OUTRAS SÓ DO “BOLSA ESCOLA”. E
OUTRAS TANTAS DE OUTROS TANTROS PROGRAMAS QUE JUNTOS RETIROU MUITA GENTE DA
MISÉRIA DANDO UMA PEQUENA AJUDA FINANCEIRA.
EM MINHA
OPINIÃO, É MELHOR DISTRIBUIR A GRANA DO GOVERNO, QUE VEM DO POVO PARA O PROPRIO
POVO DO QUE PAGAR SALARIOS ASTRONOMICOS A POLÍTICOS QUE NÃO TRABALHAM. E ASSIM
ACONTECE.
VEJAM ABAIXO,
UM ARTIGO QUE, EM CONTINUAÇÃO, AOS ARTIGOS DA SÉRIE (2013-16100575 E 2013-17100577),
VEM NOS MOSTRAR ONDE NASCEU O BOLSA FAMILIA LANÇADO PELO PRESIDENTE LULA.
Berço
do Bolsa Família, cidade de Itinga ainda caminha para espantar a miséria.
Por Ricardo
Galhardo - enviado a Itinga (MG) | 15/10/2013 13:36 - Atualizada às 15/10/2013
15:27 - http://ultimosegundo.ig.com.br/bolsa-familia/2013-10-15/berco-do-bolsa-familia-ainda-caminha-para-espantar-a-miseria.html
iG
visitou Itinga, cidade utilizada por Lula como plataforma de lançamento do Fome
Zero - que seria rebatizado como Bolsa Família. Após dez anos do programa, a
cidade dá sinais claros de prosperidade, mas há muito a evoluir.
Em
janeiro de 2003, dez dias depois de tomar posse, o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, acompanhado por 29 ministros e pelo então governador Aécio Neves
(PSDB), desembarcou em Itinga, cidade de 14 mil habitantes no Vale do
Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, depois de passar por Pernambuco e
Piauí. Os objetivos da chamada Caravana da Miséria eram dar um "banho de
realidade" nos ministros e anunciar o programa Fome Zero, que meses
depois, após ajustes, seria rebatizado como Bolsa Família.
Na
ocasião, Lula prometeu "o maior esforço já feito por um governo" para
garantir cidadania aos moradores da região. Passados dez anos muita coisa
melhorou em Itinga, em boa parte graças às ações do governo federal. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) subiu de 0,440 (muito baixo) em 2003 para 0,600
(médio) em 2010. A renda líquida per capta aumentou de R$ 660 para R$ 1.010
(65%). O PIB cresceu 179% em oito anos.
As casas
estão mais bem cuidadas, com pintura e telhados novos, inclusive nos bairros
mais pobres, e podem ser vistas muitas obras em andamento na cidade. O número
de estabelecimentos comerciais aumentou, assim como a variedade e qualidade dos
itens nas prateleiras. A frota de veículos quadruplicou graças à ponte
Presidente Lula, inaugurada pelo próprio em 2004, que serviu para unir a cidade
antes dividida ao meio pelo rio Jequitinhonha.
Após a
passagem de Lula, Itinga ganhou notoriedade nacional e foi alvo das ações positivas
de diversos grupos e entidades que aderiram imediatamente à proposta de
erradicação da fome lançada pelo ex-presidente. A Vale do Rio Doce bancou a
construção da ponte que, por sua vez, viabilizou a chegada de quatro empresas
para extração de granito. A prefeitura de Diadema (SP) adotou Itinga enviando
máquinas e treinando gestores. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e o
hospital Albert Einstein firmaram convênios na área de saúde. No rastro do
Bolsa Família chegaram outros programas federais como Pronatec, PETI, Travessia
e Projovem.
"Sem
dúvida, o Bolsa Família ajudou a aquecer a economia da cidade, aumentou o
comércio e indiretamente ajudou a criar empregos", diz o secretário
municipal de governo, Marcos Elias.
UMA
DÉCADA DEPOIS
Itinga conta
hoje com 2.072 famílias, cerca de seis mil pessoas, beneficiadas com R$ 104,80,
em média, do Bolsa Família. O número, 43% dos 14 mil moradores da cidade,
representa metade das 4.150 famílias cadastradas. Ou seja, mais de 80% dos
moradores de Itinga solicitaram o benefício.
"O efeito
principal do programa foi dar autonomia às famílias. O pessoal já não precisa
sair de Itinga para trabalhar no corte de cana, que era a maior fonte de renda
da população. Já não se vê criança nas ruas porque o estudo é uma condicionante",
diz Débora Ramalho, uma das gestoras do Bolsa Família em Itinga. "Mas tem
muita gente que ficou totalmente dependente do benefício. Algumas famílias não
desenvolvem nenhuma outra atividade e se acomodaram", avalia. “Muita gente
tem medo de arrumar emprego, perder o Bolsa Família e depois ser
demitido", diz Greise Pinheiro Murta, também gestora.
Mais que a
“acomodação” ou o “medo de arrumar emprego”, há questões palpáveis que impedem
Itinga de caminhar mais rapidamente na direção da prosperidade. A parceria com
a Conib, por exemplo, expirou. O convênio com Diadema foi cancelado. E o
principal: a falta de vagas no mercado de trabalho. "As mineradoras que
chegaram para explorar granito trazem toda a mão-de-obra especializada de fora.
Aqui na cidade só pegam gente para o braçal", diz Marcos Elias.
Meu marido é
pedreiro, mas não encontra serviço aqui e precisa fazer bicos na rua. Trabalha
um dia sim, outro não", diz Alessandra Cardoso Oliveira, 32 anos, dois
filhos, que recebe R$ 102 por mês do Bolsa Família.
Em 2003, a mãe
dela, dona Rosalina, recebeu Lula e seus ministros na casa simples da família
no bairro Mutirão. O ex-presidente, encharcado de suor e lágrimas, se deixou
fotografar na janela da casa e prometeu mudanças. “Aquela visita deu esperança,
Gilberto Gil (então ministro da Cultura) chegou a usar o banheiro da casa da
minha sogra. Mas não mudou nada", afirma Alessandra.
Para fugir do
desemprego, muitos homens de Itinga deixam a cidade para trabalhar na
construção civil em grandes cidades como Belo Horizonte. “Meu marido trabalha
de peão em Belo Horizonte. Ele não vê os filhos há sete meses", relata
Sarajane Pessoa, 24 anos, que recebe R$ 272 por mês do governo federal.
Há ainda
problemas pontuais da gestão municipal que geram respingos no governo federal.
Para Mário Gusmão, assessor especial do prefeito de Itinga, ex-líder do PT
local e cicerone de Lula em suas passagens pela cidade, "o governo
(federal) tinha é que educar o povo a usar o benefício porque quem mais tem
lucrado são comerciantes.” “Conheço gente que recebe o benefício, mas ainda vive
na miséria. Eles não sabem que é possível comprar R$ 5 ou R$ 10 de cada vez e
nem quanto tem na conta. Muitas vezes o cartão fica na mão de
comerciantes", acusa.
O iG ouviu
três beneficiários que confirmaram ter deixado seus cartões com donos de
supermercados como garantia para compras a prazo. Nenhum deles soube dizer se
os comerciantes fizeram saques indevidos.
PANELA
NO FOGO
A rotina de
Itinga mostra que, para a maior parte dos beneficiados, o dinheiro do Bolsa
Família representa uma boa ajuda no orçamento. "Recebo R$ 140. Com isso
não dá para botar comida na mesa. Tem que trabalhar", diz a artesã
Evangelina Martins de Souza, 55 anos.
Ela vive com
os quatro filhos em Pasmadinho, vilarejo simples a 15km do centro de Itinga.
Vende panelas feitas à mão por preços entre R$ 1 e R$ 5 e nunca teve renda fixa
antes do Bolsa Família. "Não dá para melhorar de vida, mas garante a
feira. Agradeço a Deus por este dinheiro. Antes disso tinha gente aqui que não
botava a panela no fogo."
Apesar da
prosperidade visível, Itinga ainda luta para afastar o estigma de capital da
miséria. Em 2010, a cidade ganhou o incômodo título de pior cidade de Minas
Gerais para se viver em um levantamento feito pela Fundação João Pinheiro, do
governo estadual.
"Quem diz
que é o pior lugar de Minas para viver deveria morar aqui um tempo. Itinga tem
dificuldades? Tem. Mas já rodei esse Brasil como caminhoneiro e é a melhor
cidade para se viver. Durmo com a porta aberta. No domingo acordo com um monte
de gente dentro de casa. Entram e deixam o café pronto. Uma cunhada que vive em
Belo Horizonte diz que somos privilegiados", diz Mário Gusmão. Um bom
resumo de um local que tem muito a evoluir, mas parece ter deixado para lá da
ponte um passado calcado, quase todo, na aridez.
O PRÓXIMO
ARTIGO DA SÉRIE (2013-19100581 -) MOSTRARÁ A EXBENEFICIÁRIA DO BOLSA FAMÍLIA QUE
ENCONTROU A “PORTA DE SAÍDA” E TORNOU-SE COMERCIANTE.
POR
DOM
PAULO DE BEL
EDITOR
DO
SINDICATO
DO POVO
UM
GRITO PELO DIREITO DO POVO.
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