sábado, 11 de fevereiro de 2017

2017-11020929 - ENSINO MÉDIO. HEROISMO OU VILANIA??



PARTE II – RETORNO PRA PIOR.

EM CONTINUIDADE AO ARTIGO ANTERIOR, AINDA ENFATIZO QUE O ENSINO MÉDIO MERECE MAIOR ATENÇÃO POR PARTE DAS “ORTORIDADES”. ASSIM SENDO, ENTENDO QUE TODOS OS SECUNDARISTAS QUE TEM INTERESSE EM APRENDER E ESTUDAR PENSANDO NO SEU FUTURO, DEVERIAM ENGAJAR-SE NESSA LUTA E EXIGIR DOS POLÍTICOS QUE SEJAM OUVIDOS EM SUAS REIVINDICAÇÕES.

O ENSINO MÉDIO É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA OS JOVENS QUE SE PREPARAM PARA A VIDA PROFISSIONAL E NÃO DEVE SER TRATADO COMO BRINCADEIRA OU FERRAMENTA PARA A BUSCA DE NOTORIEDADE DE POLÍTICOS.

ABAIXO, MAIS UM ARTIGO A SER CONSIDERADO SOBRE O ASSUNTO.

INTERESSANTE LER COM ATENÇÃO, POREM, MAIOR ATENÇÃO NOS DESTAQUES MARCADOS NO TEXTO.

Educação

 

"Reforma do Ensino Médio é um retorno piorado à década de 90"
por Renan Truffipublicado 09/02/2017 09h09, última modificação 09/02/2017 09h09

Coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara destrincha MP 746, que impôs mudanças e provocou ocupações em escolas.

O que pensa Michel Temer sobre a reforma do Ensino Médio? Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente Michel Temer resumiu recentemente o que pensa da ideia proposta por seu governo por meio da Medida Provisória 746. “Nós estamos voltando a um passado extremamente útil”. O retorno foi concretizado na quarta-feira 9 pelo Senado, que aprovou o texto por 43 votos a 13. Agora, a lei vai a sanção presidencial.

Assim como Temer, o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, classifica a MP como uma volta ao passado, mas no sentido de retrocesso para a educação pública brasileira.

“[A reforma] faz com que os estudantes sejam divididos entre aqueles que vão ter acesso a um ensino propedêutico e aqueles que vão ter acesso a um ensino técnico de baixa qualidade. Temer teve a coragem ou a pachorra de assumir isso quando enfatiza que na época dele a educação se dividia entre clássico e científico, que eram dois caminhos que geravam uma educação incompleta”, explica.

Em entrevista a CartaCapital, Daniel Cara explica como a inclusão do ensino profissionalizante, dentre as trajetórias possíveis aos estudantes, durante o novo Ensino Médio, vai empurrar os jovens com menor renda para carreiras de subemprego, enquanto que os mais ricos poderão focar os estudos nas áreas que desejam.

Mais do que isso, Cara alerta para possíveis brechas que a MP abre para que o governo consiga privatizar parte do percurso feito pelos estudantes secundaristas.

CartaCapital: Como você avalia a reforma do Ensino Médio e uma possível reforma do Ensino Fundamental, ainda que detalhes não tenham sido divulgados pelo ministro da Educação?
Daniel Cara: A reforma do Ensino Médio é uma antirreforma no sentido de que ela acaba fazendo com que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – a MP altera pontos da LDB e da Lei do Fundeb – seja desconstituída naquilo que se refere ao Ensino Médio e a Educação Profissional.  [A MP] estabelece uma bagunça e faz com que os estudantes sejam divididos entre aqueles que vão ter acesso a um ensino propedêutico e aqueles que vão ter acesso a um ensino técnico de baixa qualidade.

Temer teve a coragem ou a pachorra de assumir isso quando ele assina que na época dele a educação se dividia entre clássico e científico, que eram dois caminhos que geravam uma educação incompleta. Então essa MP, em termos de alteração da LDB, é extramente preocupante.

Em relação ao que ela altera no Fundeb, é mais preocupante. A conquista do Fundeb foi, ainda que de forma insuficiente, financiar desde a matrícula na creche até a matrícula no Ensino Médio. Como a MP altera o Fundeb e reconcentra os recursos no Ensino Médio, o resultado é que a Educação Infantil, creche e pré-escola, vai ficar prejudicada e os governadores, responsáveis pelo Ensino Médio, vão ser beneficiados contra a posição dos prefeitos.

Não é à toa que essa MP foi divulgada durante a eleição municipal, pra não gerar uma reação dos prefeitos, que até o momento não perceberam que vão perder muitos recursos do Fundeb.

Agora o ponto concreto é que a maior demanda da sociedade hoje é exatamente por creche. Então é uma MP que concentra recursos do Ensino Médio, retomando a visão do Paulo Renato [ex-ministro da Educação de Fernando Henrique Cardoso], de que é preciso focalizar as ações educacionais em algumas etapas da educação, no caso dele foi o Ensino Fundamental.

Agora a Maria Helena [secretária-executiva do MEC] e o Mendonça Filho [ministro da Educação] querem focalizar no Ensino Médio e Fundamental, alijando a Educação Infantil em termos de financiamento. Então há um retorno piorado ao que aconteceu na década de 1990.

Inclusive porque o Paulo Renato já não era um especialista em educação, era um economista que gostava de educação, mas não entendia muito. O Mendonça Filho, muito aquém disso, é uma pessoa que não entende de nada.

CC: Inclusive, o senador Aécio Neves, próximo da Maria Helena, chegou a se vangloriar da MP, em artigo, porque essa seria a sua proposta para a educação na época das eleições de 2014...
DC: Olha, eu li todos os programas eleitorais. Eles nunca teriam coragem de dizer em 2014 o que estão fazendo agora. Existia uma preocupação de aumentar a complementação da União no Fundeb, dizendo que era importante melhorar o financiamento da Educação Infantil.

Então não é verdade que isso corresponde ao programa de 2014 porque nenhum candidato a presidente da República teria coragem de apresentar uma MP com essa gravidade para reformar o Ensino Médio.

Além disso tudo que falei, existe um aspecto mais prejudicial e danoso.Não se faz reforma educacional por Medida Provisória. O princípio da educação nacional segundo o artigo 206 da Constituição Federal, inciso sétimo, é a gestão democrática do ensino público.

Não se faz reforma educacional por um instrumento legislativo que estabelece um fato consumado sobre o qual os parlamentares têm que opinar.

Ou seja, é muito grave o que foi feito. Não é pouca coisa. E o resultado disso, o que se expressa, é uma tentativa de desconstrução de tudo que foi avançado, de tudo que deu certo nas gestões Lula e Dilma. Agora o revanchismo político-partidário não pode prejudicar os estudantes. É isso que está acontecendo com essa MP.

CC: Sobre isso, o Congresso Nacional já vinha discutindo uma reforma do Ensino Médio há três anos, por meio de um projeto de lei do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). Qual a avaliação que você faz dessa proposta?
DC: Não era um bom projeto. Pelo contrário, se fosse um bom projeto, teria sido absorvido pela gestão da presidenta Dilma. Se fosse um projeto consensual teria sido aprovado, inclusive por ter recebido advento de uma comissão especial.

O mérito do Reginaldo Lopes foi o debate. Ele não tinha deliberado efetivamente sobre o texto dele porque ele estava tocado e sensibilizado com as críticas que ele recebia. O projeto do Reginaldo Lopes tentava criar uma flexibilidade inflexível, era um paradoxo.

Você não cria uma flexibilidade no Ensino Médio apresentando aos alunos, aos 16 anos de idade, cinco possibilidades de trajetória: matemática, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico profissionalizante de nível médio.

Naquele momento os estudantes não estão preparados para escolher uma trajetória. Eles estão preparados, sim, para escolher matéria. A flexibilidade real seria como? Você cria um ciclo básico e cria matérias optativas. Isso é flexível.

Isso é o que acontece em outros países. Cálculo, por exemplo, poderia ser uma disciplina ofertada numa escola para fazer com que o estudante, que queira se aprofundar em matemática, possa entrar na universidade com mais condições de fazer um bom curso de engenharia. Isso é um problema no Brasil.

Praticamente todo curso de ciências exatas gera vazão de uma série de estudantes porque não tiveram uma base de cálculo e matemática no Ensino Médio. Então [o caminho] não é dar a possibilidade do jovem construir uma trajetória porque isso é pobre em termos de possibilidade. E é muito sério pra cobrar de um estudante que escolha um itinerário.

Mas, sim, você dar para os jovens a possibilidade de escolher disciplinas eletivas que, inclusive, conversem com a Base Nacional Comum Curricular e com a LDB. É você criar formas mais atrativas de apresentar os componentes curriculares para os estudantes. Isso é flexibilidade, não é o que está sendo apresentado por esse governo. O projeto do Reginaldo Lopes estava recebendo críticas e estava sensível a essas críticas.

CC: Como, na sua opinião, essa MP atropela o processo de conclusão da Base Nacional Curricular Comum?
DC: É difícil para as pessoas perceberam o jogo que está por trás disso. A Maria Helena esteve, há alguns meses em São Paulo, e disse que o debate sobre o Ensino Médio deveria parar porque ela queria reformar o Ensino Médio. Isso saiu no Estadão.

Qual é o jogo que está posto? A MP diz que, e o governo tem dito de maneira irresponsável, que as Artes e Educação Física vão ser recuperadas na Base Nacional Comum. No Ensino Fundamental essas disciplinas não foram excluídas, mas para o Ensino Médio foram. Já tem um recado claro aí.

Em segundo lugar, eles dizem que toda aposta está depositada na Base e aí algumas entidades que apoiam o governo e não tem coragem de assumir, como o Todos Pela Educação, vão à imprensa e dizem que tudo vai ser decidido na Base.

O problema é que a Base estava num processo muito intenso de consulta pública, esse processo foi paralisado e o que tem se comentado no mundo da educação é que, se o conteúdo da participação social for ruim, eles não vão utilizar esse conteúdo na formação da Base, vão fazer um texto de gabinete.

Mas qual é o ponto que eles trazem? Quando a Base for apresentada haverá mais uma rodada de discussão. A Base vai ser apresentada em 2017, quando o PSDB deve romper com o governo para poder lançar candidato à Presidência -- porque dificilmente o Temer vai ter alguma popularidade suficiente até 2018. A Base a ser lançada em 2017 está nas mãos da Maria Helena. Mas vai ter um período em que ela já não vai mais estar dentro do governo. A Base não vai ter dono.

Ou seja, é muito provável que, em 2018, a gente ainda não tenha a Base. E se tiver, vai ser dado um prazo de implementação extremamente extenso porque uma Base que é apresentada sem considerar a participação social não será incorporada pelos professores.

É possível que se repita com a Base Nacional Comum Curricular aquilo que aconteceu com os parâmetros curriculares nacionais, liderados pela Maria Helena e por outros membros do governo Fernando Henrique Cardoso.

Na época apresentaram uma proposta curricular que era alheia ao debate que vinha sendo feito há anos para superar o currículo da ditadura militar. O cenário que se apresenta é extremamente negativo. A tendência é de jogar uma aposta muito grave e muito grande sobre a Base e sequer ter o conteúdo da Base, com uma possibilidade de ruptura da equipe pensante do MEC com o governo federal.

A educação, que por muitos anos ficou protegida da disputa política, e isso aconteceu de fato no governo Lula e menos no governo Dilma Rousseff, volta a ser centro de disputa.
Até porque o escolhido para ser ministro da Educação não é alguém que goza de reconhecimento na área. Ele foi colocado na posição em que está por ser do Democratas, um partido que apoia o governo Temer. Ele não foi colocado na área por algum mérito ou por entender de educação, ele até assume que não entende nada, que não é a área dele, ele é um administrador.

CC: Queria também expor para sua análise um argumento muito utilizado pelo governo para justificar a MP da reforma do Ensino Médio, que é o resultado do Ideb e o índice de evasão escolar. O senhor acredita que esses números justificam uma MP e esse suposto caráter de urgência?
DC: Isso tem até a ver com os argumentos do governo para defender a PEC 241. Eles usam o mesmo argumento para fazer essas maldades. O que acontece? Para usar uma metáfora, a educação é uma cidadã que está morrendo de sede. Ela não tem acesso a uma água de qualidade, vive com sede e precisa beber água para poder sobreviver. Se você der metade de um copo de água para a educação, você não vai resolver o problema.

O que isso tem a ver com a crítica do governo? O governo utiliza o resultado do Ideb para fazer uma crítica ao desempenho do Ensino Médio. O que o Brasil podia fazer que não representasse custo efetivo de investimento na educação já foi feito. Agora precisa resolver as agendas urgentes para poder matar a sede da educação.

Quais são essas agendas urgentes? É preciso pelo menos equiparar os salários dos professores às demais profissões e melhorar  a infraestrutura das escolas, inclusive é isso que é pedido pelos estudantes.

A Unicef mostra que a infraestrutura é um elemento central de reivindicação dos estudantes que ocuparam as escolas e querem uma melhoria do Ensino Médio.

E é preciso obrigatoriamente investir numa nova forma de fazer pedagogia, tudo isso é agenda do Plano Nacional de Educação, inclusive passa pela Base Nacional Curricular, que também é agendada pelo Plano. Só que, em vez de buscar enfrentar essas questões estruturais, o governo federal opta por abandonar o PNE e, por Medida Provisória, forçar a implementação da sua política.

Não vai dar certo. Educação não é corrida de 100 metros, educação é maratona. O que vai acontecer com a MP do Ensino Médio é que tudo vai ser tão descontinuado e tão desorganizado que, caso essa medida seja implementada – os estados têm a opção de não implementar, inclusive isso está sendo dito por vários secretários estaduais de educação –, o resultado vai ser extremamente danoso na organização das redes.

Então a tendência não é que o Ideb melhore, é o Ideb piorar. Isso é uma medida açodada para dizer que você está fazendo alguma coisa, para retomar uma estratégia de focalização, para desconstruir o que foi feito pelo governo passado, para investir no revanchismo político sem pensar nas consequências pedagógicas.

Isso acontece por quê? Porque são pessoas que não entendem de educação.
Eu não posso dizer que a Maria Helena e a Maria Inês Fini [presidente do Inep] não sabem de política educacional, sabem. Mas o trabalho delas em São Paulo ou do partido delas em São Paulo sequer deu resultado. Não dá para dizer que o PSDB faz uma boa gestão na área da educação, considerando que eles estão há 24 anos agora.

Quer dizer, já estão há mais de duas décadas na gestão e a educação no Estado de São Paulo é péssima. Então essa justificativa do Ideb é uma justificativa que, por muitos fatores, é incorreta. Exclui o fato de que muito do que precisava ser feito para melhorar o Ideb não foi feito e exclui o fato de que já existe uma agenda que defende a melhoria do Ideb que é o Plano Nacional de Educação.

Ideb é a meta 7 do plano e o governo sequer responde sobre o Ideb, sobre a meta 7, sobre as demandas que estão postas para a melhoria da qualidade da educação. Então é o uso de um indicador de forma demagógica.

CC: A Maria Helena Guimarães diz que há um “tédio” no Ensino Médio no Brasil? O senhor concorda com esse diagnóstico? Acha que esse problema se resolve com a MP da reforma do Ensino Médio?
DC: É bem simples. Vamos supor que a MP seja implementada e aumente as escolas de educação em tempo integral. Uma escola que vai, simplesmente, sair de cinco horas diárias para sete , reproduzindo uma educação entediante, só vai aumentar o tédio. Agora, eles editaram uma portaria que cria ilhas de excelência.

Eles assumem, hipocritamente, que não tem dinheiro com a PEC 241 e que não tem dinheiro para trabalhar com todas as escolas e vão trabalhar com as que já são boas ou que estão aptas a dar um salto de qualidade.

Ou seja, todo o trabalho feito pelas comunidades escolares vai ser sugado pelo governo federal para ele colocar um recurso a mais, para ele melhorar aquela escola de maneira orientada, criando essas ilhas de excelência.

Para o conjunto das matrículas de Ensino Médio, se houver educação em tempo integral, será uma educação mais entendiante, sem artes, sem educação física, sem filosofia e sociologia, sem as matérias que os alunos mais gostam.

Então se a Maria Helena está preocupada com o tédio, a MP é mais entendiante ainda. Se o receio é a evasão, isso tende a aumentar. Até porque o problema central do Ensino Médio não é no Ensino Médio em si, é no percurso do estudante e especialmente nos anos finais do Ensino Fundamental. Ali que você tem um problema grave.

CC: O ministro Mendonça Filho deu a entender exatamente isso, que haverá uma reforma do Ensino Fundamental também. Pelo que já foi falado, o senhor tem uma ideia do que pode vir por aí?
DC: Então, a portaria que foi lançada [em 11 de outubro] dá uma pista bem clara de ilhas de excelência. O que eu vejo é que a tendência para o Ensino Fundamental também é criar níveis de excelência e aumentar a quantidade de parceria público-privada. Isso também é a linha geral de um governo privatista. E não existe só uma modalidade de privatização, existem várias modalidades, inclusive passar aspectos importantes da gestão pública para a gestão privada.

CC: Alguns especialistas da educação alertam para a possibilidade dessa MP abrir portas para uma experiência privatista como a que ocorreu em países latinos também, com as chamadas chartes school? Esse é um dos caminhos?
DC: O governo está estabelecendo a narrativa de que tem a PEC 241, então o recurso público é menor. Então o governo vai dizer que é preciso buscar soluções no mundo privado. Agora qual vai ser a novidade do mundo privado?

É que o privado no Brasil não tem capacidade para dar conta de todas as matrículas, até porque não traz lucros. Mas existe um aspecto mais pernicioso da MP do Ensino Médio.

É o que permite, na trajetória da educação profissional, que sejam feitas parcerias também com universidades privadas. As universidades estão com muita dificuldade por conta da repressão do Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e do ProUni.

Como o governo não pode reproduzir o Fies por conta da PEC 241, o que vai ser feito? Ele vai dar às instituições privadas, como Unip, Uninove e grupo Estácio, o direito de ofertarem trajetórias de profissionalização de um ano e meio. E aí vão fazer essas trajetórias de profissionalização contabilizando créditos para o Ensino Superior, isso é o jogo daquela questão dos créditos da Medida Provisória. Essa será uma privatização mais evidente.

O que eu estou querendo dizer em síntese é que, num primeiro momento, as parceiras público-privadas vão ser orientadas em ilhas de excelência, até para dizer que elas funcionam, o que não é verdade porque elas vão utilizar aquilo que já vinha sendo desenvolvido por boas escolas. Isso é pior até que a charter schools.

Pior não, mas uma modalidade diferente de privatização. Você compartilha o processo de gestão. O setor privado compartilhando o processo de gestão de uma escola estatal. Não dá para dizer que é uma privatização de oferta de matrícula, é mais sútil e mais perigosa porque diminui a gestão democrática, o controle social, o processo de gestão fica mais centralizado.Esse é um caminho que vai ser trilhado.

Um outro caminho, mais próximo das charter schools, muito dedicado à linha da profissionalização, são entidades do setor privado que vão ofertar a trajetória de um ano e meio para os estudantes, em parceria com as secretarias de educação.

Então, por exemplo, o Mackenzie vai lá e oferta uma quantidade de matrículas para quem está fazendo um ano e meio de projeto de profissionalização. Qual é o ponto? O foco da ação do Estado passa a ser na trajetória dessa linha privatizante.

Quem opta por essa profissionalização de baixa qualidade, quando entra no mercado de trabalho, não consegue fazer com que o seu diploma seja um diploma que subsidie a ação profissional.

O profissional vai para o mercado de trabalho com um curso ruim, fica quatro anos no mercado de trabalho na condição de subemprego e volta para outro curso ruim. O único caminho que ele entende que pode dar chance no mercado de trabalho são os cursos ruins.

Ele prejudica a formação dele, prejudica o ingresso mercado de trabalho e o conjunto da carreira dele para aquilo que a OIT chama de trabalho decente. O que mais prejudica uma trajetória de trabalho decente é exatamente uma profissionalização em cursos de baixa qualidade. Isso numa situação de crescimento econômico, imagina agora.

CC: Isso se conecta de alguma forma com a crítica que foi feita sobre a retirada de disciplinas de humanas? Logo que a MP foi anunciada, foram feitas análises de que essa reforma pretendia formar mais mão-de-obra do que estudantes pensantes. Isso pode ser um reflexo da MP ou é uma teoria fantasiosa?

DC: Não é que todos vão seguir uma formação mais medíocre. A formação mais medíocre vai ser para os mais pobres. Existe uma irresponsabilidade no discurso. Eles dizem: “nós queremos dar conta das necessidades dos jovens”.
E é claro que os jovens desejam profissionalização. O problema é que o gestor público precisa pensar além da demanda mais explícita do cidadão, precisa analisar o conjunto de fatores para poder corresponder da maneira mais correta e mais aprofundada sobre essa demanda.
O pior que pode acontecer para o gestor público é o estudante dizer que quer profissionalizar, ele vai e dá o pior caminho, que não vai garantir a plenitude profissional do estudante. É o que acontece com essa MP do Ensino Médio.
Aqueles que vão optar pelo itinerário propedêutico não vão ter impacto, até porque são tomadores de opinião, são de famílias com mais renda e vão para a universidade. Para que dependem do dinheiro no final do mês, essa trajetória de baixa qualidade vai ser uma tragédia.
Importante ter consciência que a questão do trabalho deve compor o Ensino Médio, isso é um fato. Mas não deve ser uma agenda pela metade. Não como uma formação. É quase que fazer uma política que não é emancipatória.

CONSIDERANDO AS PALAVRAS DO ENTREVISTADOR E DO ENTREVISTADO, POSSO EXTRAIR DE TUDO ISSO A CONFIRMAÇÃO DA OPINIÃO QUE JÁ TRAZIA COMIGO.

EDUCAÇÃO NA MÃO DE POLÍTICO ESCOLHIDO POR CONCHAVO, POR ACORDO, POR OUTRO POLÍTICO, SÓ PODE SER PREJUDICIAL AO ESTUDANTE.

O POLÍTICO SÓ QUER SABER DE POR SEU NOME NA HISTÓRIA NÃO IMPORTA COMO. VEJA O CASO DE HITLER. TEM SEU NOME NA HISTÓRIA, MAS COMO UM DEMÔNIO. ASSIM SÃO OS POLÍTICOS BRASILEIROS. TODOS DEMÔNIOS.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO DE CADE O MEU DIREITO À EDUCAÇÃO E ENSINO?
FALE COM O SINDICATO DO POVO – sindicatodopovo@ymail.com
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

2017-10020928 - ENSINO MÉDIO. HEROISMO OU VILANIA??



PARTE I - INICIAL

PELOS IDOS DE 60 E 70, CURSAVA MEU ENSINO PRIMÁRIO E GINASIAL. JÁ PELOS IDOS ANOS 80, FIZ UM EXAME DE MADUREZA, O ANTIGO ARTIGO 99 QUE FACULTAVA AOS MAIORES DE 18 ANOS, COM ATRASO NOS SEUS ESTUDOS E QUE PRETENDIAM RECUPERAR SEU TEMPO PERDIDO. NESSA ÉPOCA, EU ME ENQUADRAVA NESSA SITUAÇÃO E FIZ O TAL EXAME DE MADUREZA RECUPERANDO MEUS ESTUDOS. DEPOIS DISSO, E AINDA, EM RECUPERAÇÃO AO TEMPO PERDIDO, CORRI ATRÁS DE CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. DESENHO TÉCNICO INDUSTRIAL E MECÂNICO; TÉCNICO EM ELETRICIDADE. CURSOS, QUE NAQUELA ÉPOCA, ME QUALIFICAVAM EM EQUIPARAÇÃO AOS DE ELETROTÉCNICO E DESENHISTA TÉCNICO. OS DE ONTEM, APENAS CONHECIMENTO E PRATICA. OS DE HOJE, COM A OBRIGAÇÃO DE OBTER UM REGISTRO PROFISSIONAL PARA PODER EXERCER A PROFISSÃO.

RECENTEMENTE, EM 2007, FIZ MAIS UMA ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA EM POLÍMEROS. CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO QUE EXIGE REGISTRO PROFISSIONAL NO CONSELHO DE CLASSE – CRQ – Conselho Regional de Química.

NOS CURSOS FEITOS NOS IDOS DE 70 E 80, ONDE NÃO HAVIA NECESSIDADE DE REGISTRO PROFISSIONAL, ESTUDEI DESENHO POR DOIS ANOS, TRES VEZES POR SEMANA E COISAS QUE SE ESTUDAVAM NA ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL – ESDI - MEUS PROFESSORES ERAM OS MESMOS QUE LECIONAVAM NA ESDI, NO SENAI E NAS MAIS FAMOSAS ESCOLAS TÉCNICAS QUE HOJE FAZEM PARTE DO SISTEMA FAETEC.

MEU APRIMORAMENTO IGUALAVA A QUASE UM ENGENHEIRO MECÂNICO, MAS, SÓ NA PARTE DE DESENHO.

JÁ NO CURSO DE ELETRICISTA, CURSEI NUMA UNIDADE DA LBA – Legião Brasileira de Assistência - POR UM PERÍODO DE TRES ANOS, DIARIAMENTE, UM CURSO COMPLETO COM MEDIÇÕES, DIMENSIONAMENTOS, CÁLCULOS, ENROLAMENTOS DE MOTORES, E TUDO MAIS QUE UM ELETROTÉCNICO DOS DIAS DE HOJE (e até mais), POSSA OU SEJA CAPAZ DE EXECUTAR. APENAS, NÃO SE EXIGIA O REGISTRO PROFISSIONAL.

COM ISSO, PERDI DUAS ESPECIFICAÇÕES PROFISSIONAIS, APESAR DE ATUAR, AINDA HOJE, MESMO NÃO TENDO O REGISTRO EXIGIDO.

JÁ PARA O CURSO DE POLÍMEROS, A DIVERGÊNCIA E OPOSIÇÃO POLÍTICA, VEM MOSTRAR O QUE ACONTECE NOS DIAS DE HOJE.

HOJE, ESSA MODA DE POLÍTICO QUERER IMPOR AO POVO SUAS VONTADES, (MESMO QUE SEJA UMA DROGA), MAS, POR DETER, PROVISORIAMENTE, AQUILO QUE SE INTITULA “MANDATO”, SE ACHA O TODO PODEROSO E, RESOLVEM PÔR A VIDA (DOS OUTROS) A PERDER.

ATUALMENTE E4STAMOS COM ESSA REFORMA DO ENSINO MÉDIO QUE EM NADA CONTRIBUI PARA O ESTUDANTE, SÓ PARA OS POLÍTICOS FORMADOS EM LOB E PARA OS DONOS DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO NO BRASIL.

ÀS IDEIAS SAÍDAS DA BUNDA DE UM POLÍTICO (por que merda só sai de lá), EM NADA ACRESCENTA OU MELHORA PARA O ESTUDANTE. APENAS VOLTA A MEDIEVALIDADE. RETROAGE.

O IDIOTA (o político) RESOLVE, POR SI, QUE O MELHOR É DESSA FORMA. MAS, NÃO CONSULTA AOS ALUNOS SOBRE O QUE ELES DESEJAM PARA O FUTURO.

CONCORDO QUE HÁ MUITAS CATEGORIAS INCLUSAS NESSA DISCUSSÃO E, CADA UMA, COM UM INTERESSE DIFERENTE. MAS, O OBJETIVO DE UMA ESCOLA, É ENSINAR; PREPARAR; AGREGAR CONHECIMENTO. E NO ENSINO MÉDIO, ALÉM DO BEABA, UMA PREPARAÇÃO PARA A VIDA PROFISSIONAL.

DESSA FORMA, A ESCOLA DE ENSINO MÉDIO, DEVERIA PREPARAR O ALUNO PARA A VIDA PROFISSIONAL DE FORMA PROPEDÊUTICA, INCLUSIVA OU ENTÃO CONTINUAR COM AQUELA BALELA DE ENSINAR EQUAÇÃO DE SEGUNDO E TERCEIRO GRAU PARA ENCHER LINGUIÇA E GASTAR DINHEIRO COM PROFESSOR E DESESTIMULAR O ALUNO A FREQUENTAR A CHATICE DO BLABLABLA DE UMA VELHA CHATA FALANDO PELOS COTOVELOS SEM DESPERTAR ATENÇÃO DE QUALQUER UM DOS 40 ALUNOS DE SUA TURMA.

PARA ISSO, BASTARIA O MOBRAL (QUEM SE LEMBRA DELE???)

ABRINDO UMA NOVA SERIE DE ARTIGOS, HOJE APRESENTO UM QUE CIRCULA PELA INTERNET, SOBRE A REFORMA DO ENSINO MÉDIO QUE O ATUAL GOVERNO DO CRÁPULA DO MICHEL TEMER, PRETENDE IMPLANTAR.

VEJA ABAIXO, UMA CONSIDERAÇÃO DO PRÓPRIO TEMER SOBRE A BESTEIRA QUE ELE QUER IMPLANTAR POR PURO REVANCHISMO AOS SEUS ADVERSÁRIOS POLÍTICO OU PARA AGRACIAR O IDIOTA QUE ELE ESCOLHEU PARA SER SEU MINISTRO DA EDUCA, DIGO, MINISTRO DA PALHAÇADA ESCOLAR.

Educação

Especial de Fim de Ano

Neca Setubal: "O Brasil não pode permitir retrocessos na educação"


Para a socióloga, é preciso fugir da falsa dicotomia entre a melhoria da gestão e a necessidade de ampliar o investimento, "ambas necessárias"

Ao longo da nossa história, o Brasil cometeu um erro grave: não ter como prioridade a construção de um país que garanta o direito à educação a todos. Esta decisão trouxe, e ainda traz, graves consequências. Ela limita o desenvolvimento econômico e impacta a qualidade de vida da população, seja na sua atuação cidadã, seja na sua inserção no mercado de trabalho. Mais do que isso: contribui para a manutenção das desigualdades sociais que historicamente afligem, sobretudo, os mais pobres.

A comparação da evolução da escolaridade média do brasileiro com a de outros países demonstra o nosso atraso em ter uma política sólida para a área. Nos anos 1970, mais da metade da população dos EUA já tinha concluído o Ensino Médio e 20% o Ensino Superior, enquanto no Brasil tínhamos menos de 2% e 1%, respectivamente. De 1950 a 2010, a Coreia quase triplicou a escolaridade média da população, passando de pouco mais de 4 anos para 12 anos de estudo. Vale lembrar que o Chile, nosso vizinho, possuía uma média de anos de estudo de 7,3 em 1985. Patamar alcançado pelo Brasil somente em 2011.

Somente após a promulgação da Constituição Cidadã, em 1988, o Brasil começou a dar os primeiros passos rumo à universalização do acesso ao Ensino Fundamental. Nos anos 1990, com o Fundef, ampliamos o acesso ao Ensino Fundamental. Na década seguinte, com Fundeb e a Emenda Constitucional 59/09, incluímos mais crianças na educação infantil e jovens no Ensino Médio e mais estudantes das camadas populares chegaram à universidade. A aprovação do Plano Nacional de Educação, após ampla discussão e participação de diferentes setores da sociedade, foi outra conquista e suas metas devem orientar as políticas educacionais até 2024.

Em que pese estas conquistas, ainda há muito a melhorar. O Brasil precisa incluir 2,5 milhões de crianças na creche, 600 mil na pré-escola, cerca de 460 mil no Ensino Fundamental e 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos no Ensino Médio.

Nas escolas públicas rurais, quatro em cada dez estudantes têm dois anos ou mais de atraso em relação à série que estudam. Nas urbanas, essa razão é de três em cada dez, segundo o Censo Escolar 2015.
Dados da Prova Brasil de 2013, analisados pelo Cenpec, revelam que 31,4% dos estudantes mais ricos têm proficiência adequada em leitura. Entre os mais pobres, apenas 13,8%. A desigualdade racial também é grande: 32,28% alunos brancos tem conhecimento adequado em leitura, enquanto os negros 18,34%.

O diploma universitário ainda é para poucos. Enquanto 37,3% do quintil mais rico da população têm Ensino Superior completo, esse percentual é de apenas 1,3% entre os mais pobres, segundo a última Pnad/IBGE.

Quando defendemos que todos, sem exceção, têm direito à uma educação de qualidade, significa que ninguém pode ficar para trás. Por isso, cada vez mais precisamos de políticas públicas focalizadas, conectadas às realidades e às necessidades de cada território, que enfrentem as diferentes formas de desigualdade, sejam elas regionais, por raça, por renda ou de gênero.

É preciso lembrar que o sistema público de ensino atende cerca de 81% das matrículas da Educação Básica e envolve mais de um milhão e meio de docentes.  São essas redes de ensino que carecem de políticas de valorização docente, que inclui salários adequados, planos de carreira e forte investimento na formação inicial e continuada dos professores, fator fundamental para a melhoria da aprendizagem dos alunos.

Em meio à uma crise econômica, política e institucional, o país não pode permitir retrocessos. A sucessiva descontinuidade das políticas educacionais tem um impacto perverso. E o mesmo ocorre com propostas que são implementadas sem amplo debate e adesão dos educadores e dos diferentes setores da sociedade, como a proposta de reforma do Ensino Médio feita por meio de medida provisória.

As políticas públicas precisam ser bem desenhadas, construídas a partir de consensos possíveis, com a adesão da sociedade e a partir de análises sérias sobre seus potenciais e riscos para não resultar em maior iniquidade.  
Também é preciso fugir da falsa dicotomia entre a melhoria da gestão e a necessidade de ampliação do investimento em educação.  Ambas são necessárias, bem como o aperfeiçoarmos dos mecanismos de controle social.

Com a aprovação da PEC 55, que congela por 20 anos os gastos públicos federais nas áreas sociais, a efetivação plena do direito à educação para todos continuará no campo das previsões de um futuro distante para o Brasil.

* Socióloga, presidente do Conselho de Administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação (Cenpec) e da Fundação Tide Setubal.

O ARTIGO INICIA FALANDO DE EDUCAÇÃO PARA TODOS. UM ERRO SOBRE OUTRO ERRO.

EDUCAÇÃO DEVE SER APRENDIDA EM CASA E NÃO NA ESCOLA. MAS, COMO APRENDER EDUCAÇÃO EM CASA, QUANDO SE TEM “PAIS” QUE NÃO CONHECEM O QUE É EDUCAÇÃO??? TERÍAMOS QUE FAZER EXISTIR UMA ESCOLA PARA EDUCAR OS PAIS PARA QUE ESSES EDUCASSEM SEUS FILHOS EM CASA E, SÓ DEPOIS, FAZER ESCOLAS PARA ENSINAR CONHECIMENTO FUNDAMENTAL PARA OS FILHOS.

E, QUEM PENSOU NISSO, ATÉ AGORA???  SE PENSARAM, DESISTIRAM DE POR EM PRATICA POR SER INCONVENIENTE AOS SEUS INTERESSES.

O IDEAL SERIA UMA ESCOLA PARA ENSINAR APENAS O APRENDIZADO LÚDICO PARA A PRÉ ESCOLA, O COGNITIVO, PARA O FUNDAMENTAL E O PREPARATÓRIO PARA A VIDA OU O PROFISSIONAL PARA O ENSINO MÉDIO. NESSE ÚLTIMO, COM MUITA ÊNFASE NA PRATICA E ENFATIZANDO O APRENDIZADO NO SABER FAZER E NÃO, APENAS NO SABER POR SABER.

NESSE SENTIDO, OS ESPECULADORES POLÍTICOS, COMETEM O PECADO DE IGNORAREM A OPINIÃO DO OBJETO MAIOR DA ESCOLA. O ALUNO. NESSA HORA, POLÍTICOS PENSAM NOS SEUS INTERESSES QUE SEJAM POR SEREM DONOS DE ESCOLAS OU PELA FORMAÇÃO DOS Lobos. FALAM MUITO EM FAZER ESCOLA PARA ALUNO, MAS FAZEM ESCOLA PARA O LUCRO SEJA FINANCEIRO OU DE STATUS, MAS PARA O ALUNO, NADA. ESTE SERVE TÃO SOMENTE DE DEGRAU OU TRAMPOLIM PARA O SUCESSO DOS PSEUDOS ENTENDIDOS NO ASSUNTO. MEROS EXPLORADORES.

EM NOSSO PRÓXIMO ARTIGO SOBRE O ASSUNTO, UMA ABORDAGEM SOBRE PROGRESSO OU RETROCESSO DO APRENDIZADO DO ENSINO MÉDIO.

AGUARDEM.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO DE CADE O MEU DIREITO À EDUCAÇÃO E ENSINO?
FALE COM O SINDICATO DO POVO – sindicatodopovo@ymail.com
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

2017-07020927 - EIKE BATISTA. LETRA “P” EM SUA VIDA. DE PODEROSO A PRESO. UMA PIADA EM SUA VIDA.



EU NÃO ACREDITO NISSO. NÃO SE PODE ACREDITAR. IMPOSSÍVEL QUE EXISTA ALGUÉM ASSIM. MAS, SE ESTÃO DIZENDO, NÃO POSSO DEIXAR DE PUBLICAR E EXPOR MINHA OPINIÃO.

O QUE DEVE DIZER DAQUELE POBRE COITADO QUE ROUBOU UM PÃO E UM POTE DE MANTEIGA PARA DAR O QUE COMER AOS SEUS FILHOS DURANTE UM PERÍODO DE DESEMPREGO ??

 
PAI RESPONSÁVEL, POREM COMETEU UM CRIME QUE, ATÉ O DELEGADO, SE COMOVEU E O AJUDOU.
ALIÁS, DESEMPREGO CAUSADO PELOS POLÍTICOS E PELOS EMPRESÁRIOS COMO O “SENHOR” EIKE BATISTA.

ALIÁS, ESTA CHEIA DE PESSOAS DESSE TIPO QUE, QUANDO CAE NOS PRESÍDIOS, SÃO TRATADOS COM O MAIOR DESRESPEITO POSSÍVEL. VEJAM OS CASOS CORRIQUEIROS PUBLICADOS DIARIAMENTE NOS NOTICIÁRIOS.

DIZ A NOSSA CONSTITUIÇÃO, QUE “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”. SERÁ ???????????? MAS, A MESMA CONSTITUIÇÃO DIZ QUE O ESTADO É RESPONSAVEL PELA INTEGRIDADE DE SEUS PRESOS. AI, NINGUÉM QUESTIONA.6

A “IGUALIDADE” PERANTE A LEI,SE FAZ QUANDO SE DETÉM UM CRIMINOSO COMUM OU UM CRIMINOSO COM FAMA COMO O “SENHOR” EIKE. O RIQUINHO E O POBRINHO, SÃO PRESOS EM CONDIÇÕES DE IGUALDADE, EM CELAS COMUNS, COM CAMAS DE ALVENARIA, BANHEIROS NORMAIS, E SEM TV A BORDO; SEM REGALIAS DE COMPUTADOR, CELULAR E O ESQUIMBAU.

RESGUARDO Á INTEGRIDADE, SE FAZ QUANDO UM PRESO PODE SOFRER ALGUMA AGRESSÃO POR PARTE DE OUTROS PRESOS E, POR ESSE MOTIVO, É ENSELADO SEPARADAMENTE, MAS, SEM AS REGALIAS CITADAS ACIMA, APENAS, EM SEPARADO.

POR ISSO, NÃO CONSIGO ACREDITAR QUE, COM A MÍDIA EM CIMA DOS FATOS, EIKE SERIA ACOMODADO DIFERENTEMENTE DOS OUTROS PRESOS. RESGUARDANDO O FATO DE QUE ALGUNS PRESOS PODERIAM QUERER EXTORQUIR-LHE DINHEIRO, EIKE É UM PRESO COMUM, POIS NÃO POSSUEM NÍVEL DE GRADUAÇÃO SUPERIOR. O QUE É UM ABSURDO EM QUESTÃO DA IGUALDADE DE DIREITOS PERANTE A LEI. NEM TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI. BASTA TER CURSADO UMA FACULDADE OU TER GRANA, MUITA GRANA.

POR ISSO EU ACREDITO QUE ALGUÉM POSSA SENTIR O TRATAMENTO DADO AO “SENHOR” EIKE, POREM, JAMAIS CONCORDAR COM O PENSAMENTO DE NÃO RASPAR-LHE A CABEÇA OU AS MORDOMIAS TECNOLÓGICAS E DE ALIMENTAÇÃO DIFERENCIADA.
 


EIKE BATISTA É UM PRESO COMUM E, PORTANTO, MERECE UM TRATAMENTO IGUAL AOS PRESOS COMUNS.

ABAIXO, UM TEXTO SOBRE O ASSUNTO PARA ANALISE.

Circula entre os cariocas um texto atribuído a Drª Rosa Célia Evangelista louvando o lado filantropo de Eike Batista. Para quem não a conhece, a doutora faz um trabalho espetacular no Hospital Pro Criança Cardíaca, onde atende meninos e meninas com problemas no coração. Na mensagem supostamente escrita por ela, Rosa Célia lembra que o empresário foi fundamental para o funcionamento de sua unidade. Doou cerca de 2 milhões de dólares para a compra de um equipamento que hoje faz diferença para definir a vida ou a morte dos pequenos. Na sua extrema bondade, Drª Rosa Célia diz no seu texto que reza todos os dias para Eike e que nenhum ser humano deve ser tratado com a falta de dignidade que ele (supostamente) está sendo submetido.

Embora faça com toda a boa vontade, a signatária comete o mesmo erro que a pessoa da favela beneficiada pelas benesses dos traficantes de drogas. Ela toma partido do criminoso, olhando apenas um lado de sua personalidade. Historicamente, diversos bandidos fizeram filantropia para esconder (ou expiar) uma parte dos seus crimes. Eike não é traficante nem nunca matou ninguém, é verdade. Mas trata-se de um criminoso confesso, que chegou a ser foragido da polícia e montou um império às custas de boas relações com o governo e da ingenuidade de milhares de investidores. Seu histórico de transações é extenso e talvez fique claro com sua possível delação. Como lembrou a jornalista Malu Gaspar em seu  blog na revista Piauí, Eike começou sua aproximação com o governo federal nos estertores da administração Fernando Henrique e, desde o começo do governo Lula, foi abraçado pelos petistas. Contratou José Dirceu para ajudar a resolver seus problemas na Bolívia e criou laços com políticos do naipe de Sarney, Lula, Dilma, Lobão e Cabral.

No seu tempo de empresário mais rico do Brasil, ele distribuiu dinheiro para ações importantes, como as UPPs no Rio e a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ganhou fama e reconhecimento por isso. Mas suas boas ações não podem diminuir o rigor da Justiça e do Ministério Público. Definitivamente, Eike não é digno de pena. Deve ser tratado com dignidade, mas de acordo com os crimes que cometeu. Se os dele não são tão graves, que saia antes, que tenha uma pena menor. Mas qual o problema de cortarem-lhe o cabelo e o jogarem numa cela comum? Ele é diferente dos outros por algum motivo? Na verdade, vários cuidados foram tomados para que Eike não tivesse sua integridade física ameaçada. Inclusive a escolha de um presídio de ex-policiais.

Está na hora do Brasil deixar de ser complacente com criminosos que pagam boas gorjetas.

NO LINK A SEGUIR, - http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/eike-batista-nao-tem-curso-superior/ PODE-SE SABER SOBRE A CONDIÇÃO COMUM DE PRESO PARA EIKE. DECLARADO EM SUA BIOGRAFIA NÃO TER CURSO SUPERIOR, APESAR DE TER INICIADO UMA FACULDADE NO EXTERIOR E FALAR CINCO IDIOMAS.

JÁ NESSE OUTRO LINK, EIKE DESTACA TER MEDO DE MORRER NA CADEIA. NÃO POR TEMPO DEMASIADO, MAS POR SER ASSASSINADO POR TER PATROCINADO AS “UPP’s NOS MORROS E FAVELAS COMO O ALEMÃO, POR EXEMPLO.

ALÉM DISSO, SUA MORTE, FAVORECERIA A LULA E A SERGIO CABRAL. UMA DELAÇÃO PREMIADA SOBRE CADA UM, OS ENTERRARIA DE VEZ E, COMO PREMIO, A REDUÇÃO DA PENA DE EIKE.

E VEM MAIS POR AI. AGUARDEM.

SERIA MUITO LIGAR AS MORTES DE TEORI ZAVASCKI E DONA MARIZA A FUTURA MORTE DE EIKE. O SOBRENATURAL, RONDA O PODRE AMBIENTE POLÍTICO.

POR
DOM PAULO DE BEL
EDITOR DO
SINDICATO DO POVO
UM GRITO DE PAVOR E MEDO DE QUEM _Ú.
FALE COM O SINDICATO DO POVO – sindicatodopovo@ymail.com
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