TODOS
PERGUNTAM PELO “AMARILDO”. PERGUNTAM, TAMBEM, POR PRISCILA BELFORT; PERGUNTAMOS
POR MUITAS PESSOAS QUE, DEPOIS DO “SUMIÇO”, NUNCA MAIS APARECERAM. VOLTO A
DECADA DE 70 E LEMBRO-ME DE UM GAROTO - "CARLOS RAMIRES" QUE, HOJE, PODERIA ESTAR
COM SEUS QUARENTA E TANTOS ANOS, BEIRANDO OS CINQUENTA DE IDADE E ATÉ HOJE.... NÃO APARECEU. CADE, TODOS
ELES?? CADE TODO MUNDO??
O CASO RECENTE
DO "AMARILDO", GERA LEMBRANÇAS DOS CASOS ANTIGOS E JÁ NOS PREPARAMOS PARA
CONTABILIZAR “MAIS UM DESAPARECIDO”.
PELA
INTERNET, DEPARAMOS COM MUITOS POSTS E ARTIGOS SOBRE O ASSUNTO E, ENTRE ELES
DESTACO ESSE QUE REPRODUZO ABAIXO POR ACHAR MUITO ESPECIAL.
ESPECIAL,
NÃO POR SER SENSACIONALISTA, MAS, POR CONTER UMA MENSAGEM DE EXTREMA SABEDORIA.
CADÊ O AMARILDO? CADÊ MARIA DO ROSÁRIO? – por paulo timm / torres.rs
Por
em
CADÊ O AMARILDO?
CADÊ MARIA DO ROSÁRIO?
Paulo Timm – Torres, julho 31 – copyleft
Aquele,
pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado
Tiago: 4. 17
Há duas semanas o auxiliar de pedreiro
Amarildo de Souza, brasileiro, morador da Rocinha-RJ, foi
“detidoparaaveriguações” e ela Polícia Militar do Estado do Rio e sumiu.Ele não
pode estar entre os 3,3 milhões de pessoas que saudaram o Papa. Mas, desde
então, por todos os cantos do país, com grande impacto na mídia, todos se indagam:
CADÊ O AMARILDO?
O país está inquieto com o desaparecimento do
operário nas mãos de órgãos de Segurança. Parece que voltamos aos anos de
chumbo da ditadura. Ou, quem sabe, nunca saímos realmente dela? Mais
precisamente, quem sabe ela sempre existiu para quem é negro, mulato, pobre e
morador de periferia? Ou gay? Lembro, com emoção do dia em que o General
Geisel, Presidente da República, demitiu o Comandante do II Exército, em São
Paulo, Gen. Enardo D´Avila ,depois do episódio das torturas e mortes no
DOI-CODI. Foi um momento dramático no processo de redemocratização. O país
rumava para o Estado de Direito Democrático e se tinha grandes esperanças em
que em breve veríamos o fim das arbitrariedades policiais. Com a Nova República
em 1985 e com a Constituição de 1988 houve avanços: Os líderes de movimentos
políticos e sociais são mais respeitados, apesar da criminalização de manifestações
desde o Governo FHC. Mas a truculência nunca arrefeceu. Os métodos, a filosofia
de atuação dos órgãos de segurança e a ação da Polícia continuam os mesmos
quando tratam com pessoas simples do povo e mesmo com eventuais delinqüentes ou
condenados ou simplesmente membros de uma minoria discriminada. No fundo, a
questão social ainda é tratada, apesar dos afagos de um governo federal de
inspiração popular em suas origens, como caso de Polícia, tal como na Velha
República ou no Império. Ou na ditadura. Isso tem que mudar! O povo hoje mais
esclarecido, mais consciente de seus direitos já não suporta este tipo de
Política e de Polícia. Metade dos eleitores brasileiros já têm secundário ou
superior completo, nas grandes metrópoles todos têm acesso à INTERNET e Redes
Sociais, um terço dos municípios brasileiros, segundo IDHM recém publicado pelo
IPEA/PNUD, é alto e comparável ao de países desenvolvidos, nossa vida
média também é comparável à deles, 73 anos. Estamos vivendo mais, sabendo das
coisas e de olhos e ouvidos muito abertos. Por isso queremos saber:
CADÊ O AMARILDO?
Chega a ser comovente, ver e ouvir familiares
de sua família dizendo que não querem proteção governamental. Querem é saber do
Amarildo. Até porque se dizem protegidos pela comunidade. Que coisa impressionante!
Sentem-se protegidos pela comunidade. Então, existe comunidade na Rocinha. E
existe consciência e solidariedade na favela. A favela é humana…Isso, acima de
tudo, é lindo! Isso é o verdadeiro Brasil! Não o mundo artificial dos Políticos
e outras autoridades públicas deste país que continuam a achar que seus cargos
lhes conferem privilégios de Príncipes: salários altíssimos, assessorias
incontáveis, mordomias, conluios altamente sospechosos com
interesses privados como se vivêssemos nas cortes absolutistas. Pior:
eternização na vida pública tansformando de instrumento da sociedade em meio de
vida pessoal.
Aí vem o Governador Cabral, tocado
pelas palavras do Papa e pede perdão pelos pecados cometidos. Reconhece que foi
soberbo e prepotente. Agora vai ouvir as ruas: O Museu do Indio será
preservado, ao lado do Maracanã. As passagens de ônibus não aumentarão. Eotras
cositas más…Tocante! Mas tragicômico. Teve que ter o menor reconhecimento
público (12%) e submeter o Brasil aos vexames dos desencontros na vinda do
Papa Francisco para se dar conta de que havia “ algo de podre no Reino da
Dinamarca”. A ele meu veredicto:
FORA
CABRAL!
Mas ao longo de todas as manifestações de
junho e julho, me ocorre outra indagação:
CADÊ A MARIA DO ROSÁRIO, Ministra dos
Direitos Humanos?
A diligente Ministra, tão ciosa de suas
responsabilidades na Comissão da Verdade parece achar que os atentados à pessoa
humana só aconteceram na ditadura. Será que ela não sabe que não há Governo sem
crime? Particularmente em sociedades com elevado passivo social e evidente
histórico de violência policial? A OAB e Defensorias Públicas do Rio e São
Paulo, até de outras cidades que também têm visto manifestações de rua, não
arrefeceram em seu ofício de proteger a cidadania. Mas jamais vi ao lado deles
a Ministra. Nem lhe ouvi uma só palavra sobre os exageros do Estado contra
manifestantes ou mesmo contra meros transeuntes, vítimas de balas de
borracha e gases intoxicantes. Isso se chama omissão. A mesma omissão do
antigo comandante do II Exército, à época dos generais, que o levou ao
desterro:
É evidente que estamos falando de omissão, que nada mais é do que
nos silenciar diante de determinadas coisas, ficarmos mudos diante de fatos onde
deveríamos nos posicionar, deixar de lado aquilo que não poderia ser deixado.
Ora direis ouvir estrelas, responderão
alguns. Isso é pura poesia teológica. Recorro, então, ao dicionário e ele é
ainda mais contundente:
Omissão, no direito, é a conduta pela qual uma pessoa não faz
algo a que seria obrigada ou para o que teria condições.
Deduzo, pois, que Maria do
Rosário foi e continua sendo OMISSA diante do que vem ocorrendo no país e,
principalmente, diante do desaparecimento de Amarildo. Ela deveria ser sempre a
primeira voz em defesa dos Direitos Humanos ameaçados. E a primeira a exigir
providências, na forma da Lei. Se não o fez e não faz, cabe à Presidente Dilma
a responsabilidade de chamá-la ao Ofício. Enquanto isto, nos continuaremos
gritando, a plenos pulmões:
C A D Ê O A M
A R I L D O?
E lamentando o fato de que uma
área tão delicada quanto Direitos Humanos tenha sido entregue, não a uma
lutadora ou lutador eméritos desta nobre causa, como é Perez Esquivel,
como é Paulo Sérgio Pinheiro, como é José Gregori, como foi Dom Paulo Evaristo
Arns, mas a uma militante partidária, eventualmente respeitável
mas sem vulto, nem desenvoltura na área. Muito menos independência.
Decididamente, Dilma está só. Muito só!
Senhor, rogai por ela! Por
Amarildo! Por todos nós..!!!
EU QUERIA TER TIDO A CORAGEM DE PODER SUBLINHAR ALGUNS TRECHOS
NESSE ESPLENDIDO ARTIGO, MAS, ACABARIA FAZENDO DESDE A PRIMEIRA LETRA ATÉ A
ÚLTIMA DE TÃO EXPRESSIVO E VERDADEIRO É O AUTOR.
ANALIZANDO PARAGRAFO POR PARAGRAFO, SÓ PRECISO DIZER QUE FALTA
APENAS O POVO ADERIR AOS MOVIMENTOS E CONTINUAR PRECIONANDO ATÉ QUE CONSIGAMOS
TER OS RESULTADOS POSITIVAMENTE A FAVOR DO POVO. SEM PROTECIONISMO.
FECHO ESSA POSTAGEM INCLUINDO O CARTÃO ABAIXO.
POR
DOM
PAULO DE BEL
EDITOR
DO
SINDICATO
DO POVO
UM
GRITO MOSTRANDO, AO MUNDO, QUE O POVO BRASILEIRO ESTA ACORDANDO DE VERDADE.
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